Lucro insustentável


     Produtos saem de fábrica com tempo de vida útil reduzido, gerando consumismo e ampliando a quantidade de lixo a ser tratado.
     Veja como o Brasil reage aos danos ambientais causados por essa prática comercial abusiva.

     Celular, máquina fotográfica, eletrodoméstico: quem já comprou um produto e teve a sensação de que o aparelho novo é mais descartável do que o antigo? Muitos produtos saem
da fábrica planejados para funcionar por curto período, para logo serem substituídos, numa lógica dedicada a estimular o consumo. A prática é conhecida como obsolescência programada, e vem funcionando desde meados do século 20, quando as empresas perceberam que se o produto durasse muito tempo, as pessoas não precisariam comprá-lo por mais vezes.
     Manter esse ciclo de compras ainda é um fator indispensável para que algumas empresas possam sobreviver financeiramente. No entanto, isso vem gerando um sério problema ambiental, o aumento dos resíduos, muitas vezes constituído de material tóxico ou de
pouco reaproveitamento.

     Para o professor de administração da UnB, Rafael Porto, nem sempre lucro e questões ambientais estão em campos opostos. Ele avalia que quando esse conflito ocorre é preciso
que haja uma regulação por parte do poder público, para que as empresas se adaptem às normas ambientais. Segundo Porto, a regulação e a fiscalização ainda são os instrumentos
mais fortes para resolver questões relativas a esse impasse. Outros modelos de negócio
sustentáveis também podem ser desenvolvidos a partir dessas exigências governamentais.


“Acesa por 110 anos
A lâmpada elétrica feita à mão por
Adolphe Chaillet está acesa há 110 anos
e foi até incluída no livro dos recordes.
Ainda que fosse possível reproduzí-la,
dificilmente a lâmpada centenária sobreviveria
à força de um acordo firmado
na década de 1920 pelos fabricantes de
lâmpadas. O tempo de vida útil das lâmpadas
hoje continua limitado.”

Fonte: Revista Fenae Agora

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