Novo método para doar sangue: reduz desperdício e aumenta a segurança


     Tendência nos melhores hemocentros do mundo, a doação de sangue por aférese também está sendo realizada no Brasil, não só em laboratórios particulares, mas também na Fundação Pró-Sangue do Hospital das Clínicas.
     Na doação tradicional, todo o sangue é coletado em uma única bolsa e, posteriormente, os elementos que compõem o sangue – hemácias, glóbulos brancos, plaquetas e plasma – são separados em uma máquina centrífuga em laboratório. O processo todo leva cerca de 3 horas e só é possível tirar uma unidade de cada componente do sangue.
     Na coleta por aférese, equipamentos modernos e portáteis separam apenas o necessário, em tempo real. O sangue extraído do doador circula dentro da máquina e ali mesmo já é centrifugado e separado apenas o que se deseja coletar. Todo o restante é filtrado e devolvido para a corrente sanguínea do voluntário.
     Cartões pré-programados pela própria indústria que fabrica o equipamento são os responsáveis por determinar o que deve ser coletado de cada doador.
     Cesar de Almeida Neto é médico da Fundação Pró-Sangue e explica que o "software vai permitir que você aspire, realmente, aquilo que você está querendo coletar" Ele cita como exemplo o caso de aspiramento de apenas hemácias: "ele só irá aspirar e reter esse elemento, devolvendo os outros componenetes pela mesma veia que foi feita a punção".
     As vantagens são grandes, tanto para o banco de sangue, quanto para os doadores e pacientes. Diferente da doação total, com esses equipamentos é possível, por exemplo, extrair de um único doador de 6 a 12 unidades de plaquetas em cerca de 1h 30. Todo o restante, ou seja, hemácias, glóbulos brancos e plasma são devolvidos ao doador, evitando, assim, um desperdício praticamente inevitável nas doações normais.
     "Se eu preciso só de plaquetas e eu tiver que coletar 6 unidades delas para atender um paciente, eu precisaria de 6 doadores e, eventualmente, só vou usar as plaquetas. Os outros produtos, como hemácia ou plasma, que vêm da doação de sangue total, talvez não sejam usados. Pode haver o desperdício", explica o médico. Assim, com a nova técnica, não haverá esse desperdício, já que a plaqueta que vai sair, já irá direto para a UTI, enfermaria ou emergência para o paciente que está precisando, depois da liberação dos exames.
     Outra diferença que colabora muito para que os hemocentros mantenham seus estoques em dia é a diferença de prazo de doação através da aférese. Enquanto na doação normal um doador deve aguardar entre 2 e 3 meses para voltar a doar, com essa nova tecnologia, em apenas 48 horas o mesmo doador pode contribuir novamente.
Fonte:olhardigital

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