A rede 4G no Brasil


     A internet 4G já está funcionando no Brasil. Ainda presente em poucas cidades - das quais a cobertura se limita a alguns bairros e, ainda assim, a uma ou outra operadora -, a banda larga móvel chegará até o fim de abril em todas as cidades-sede da Copa das Confederações (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza), com cobertura em 50% do espaço urbano. Ainda assim, usufruí-la está longe de ser apenas ligar para a operadora e pedir o novo serviço.

Compatibilidade ainda é pequena

     Um problema para o ingresso do consumidor nestes planos é que o número de aparelhos compatíveis com o 4G no Brasil ainda é bem pequeno. Somente dez celulares homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações têm compatibilidade com este padrão de conexão à Internet, e todos eles possuem valores acima dos R$ 1,5 mil.
     Uma das séries de maior sucesso no Brasil e no mundo, o iPhone, não é compatível - nem em sua versão mais recente - com o padrão 4G LTE que o Brasil adotou. Aqui, o iPhone 5 apenas se conecta ao padrão HSPA+ (conhecido como "3G+"); mesmo caso do seu grande rival, o Galaxy S3.

4G é quatro vezes mais rápido que o 3G

     O 4G traz benefícios em, basicamente, um vetor: a velocidade de transferência de dados. Com a tecnologia LTE, a experiência que se tem é equivalente à velocidade de um smartphone, tablet ou notebook conectado à rede Wi-Fi. Se você precisa transferir arquivos grandes e fazer downloads com o mesmo desempenho que você teria conectado a uma rede sem fio, então o 4G será realmente útil para você.
O que a rede 4G pode trazer de benefício na sua vida? Na prática, toda esta modernização traduz uma diferença bem impressionante no desempenho da conexão à Internet de um dispositivo móvel. Atualmente o padrão 3G de rede mais avançado no Brasil, o 3G+, oferece opções de conectividade com velocidades médias de 3 Mbps. Com o 4G, o número pode ser de até 25 Mbps, com velocidades médias de 7 a 12 Mbps.

Prazos e preços

     “Nós não temos dúvida de que o prazo vai ser cumprido, talvez não com a cobertura total”, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, nesta última quinta-feira (4). Restando apenas um mês para as seis cidades-sede da Copa das Confederações receberem a rede móvel de alta velocidade, algumas medidas foram tomadas para que o serviço funcione.
     Uma delas é a questão financeira. Em algumas regiões onde o 4G já vem sendo testado, os valores são idênticos ou somente um pouco mais caros do que o 3G. Acontece isso em Búzios, Paraty, Campos do Jordão, Curitiba e Recife. “Nos EUA, as operadoras também não entraram com planos de dados muito diferentes do 3G. A ideia é dar confiança para os consumidores ingressarem”, comentou o diretor da 4G Americas, Erasmo Rojas, ao jornal O Globo da semana passada.
     Além disso, para aplicar a rede 4G, as operadoras poderão utilizar a mesma estrutura das suas redes 3G, instalando apenas as novas antenas. O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal do Brasil estima que ainda é preciso instalar mais de 4,8 mil antenas nas cidades-sede da Copa das Confederações. Para a Copa do Mundo, onde são 12 cidades-sede, o número é ainda maior: 9.566 antenas.

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