Um kit barato para iPhone capaz de realizar exames de vista




     Vocês se lembram do Peek? Esse simpático app desenvolvido para Android pelo Dr. Andrew Bastawrous da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres nasceu com o intuito de amenizar um problema grave: a precariedade com que médicos trabalham nos recônditos da Terra, incapazes de utilizar equipamentos caros para realizar o mais simples exame de vista, capaz de detectar catarata, glaucoma e outras doenças.
     A solução do Peek é um simples app, utilizando a própria câmera do Android para realizar a varredura do olho e acionando o LED para realizar uma oftalmoscopia (ou exame de fundo de olho). Só que não havia nada semelhante para iPhone até agora, e dois pesquisadores da Universidade de Stanford resolveram isso de outra maneira: desenvolveram dois acessórios infinitas vezes mais baratos do que o maquinário original.
     O professor assistente Dr. Robert Chang e o médico residente Dr. David Myung são os criadores do EyeGo, um conjunto que utiliza componentes simples encontrados em qualquer lugar, e acoplado ao iPhone ou a qualquer outro smartphone permite que o médico faça um scan da superfície do olho do paciente em busca de doenças mais aparentes como a catarata, e com o mesmo princípio do Peek realizar um exame de fundo de olho ao acionar o LED, tornando visível a retina e nervo óptico. Dessa forma é possível identificar doenças como glaucoma, pressão alta e até mesmo diabetes. “Pense num Instagram dos olhos”, disse o Dr. Chang.
     A iniciativa é interessante, pois, diferente do Peek, não estaria limitada à compatibilidade de sistemas operacionais, bastando o médico adquirir o conjunto de lentes. O preço final pretendido é de US$ 90 já que ele utiliza materiais extremamente baratos: durante a prototipagem até peças de LEGO foram empregadas. Tal redução de custo e portabilidade permitiria que um oftalmologista pudesse levá-lo a qualquer lugar e pudesse realizar os exames em qualquer situação, e o acesso aos esquemas do conjunto proporcionaria qualquer um com uma impressora 3D a imprimir seu próprio kit. E aliado às capacidades de qualquer smartphone, compartilhar os resultados preliminares com outros médicos seria muito fácil.

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