Microsoft cria recarregador de smartphones sem fio


     Você chega em casa, coloca seu smartphone na mesa e, pronto, a bateria do aparelho começa a ser recarregada de maneira automática e sem cabos. Já pensou nisso? Pesquisadores da Microsoft Research da China já: eles desenvolveram uma tecnologia com este objetivo em mente e a batizaram de AutoCharge.
    A “mágica” toda começa com a detecção do aparelho no ambiente. No protótipo, este trabalho é feito com um Kinect que tenta, a partir de padrões de reconhecimento de imagem, encontrar um smartphone que esteja dentro de seu raio de alcance.
     Quando um aparelho é localizado, o AutoCharge aponta o carregador em sua direção e então inicia a recarga. A comunicação é controlada via Bluetooth ou acionamento de um LED no telefone. Desta forma, o sistema consegue saber quando interromper o procedimento (bateria cheia) e não tenta recarregar um objeto que possui formato similar ao de um smartphone.
     Não é só isso: se você tirar o dispositivo dali, o AutoCharge levará apenas 50 milésimos de segundo para notar que o celular foi movido e desligar a recarga.
     Esta é uma tecnologia de recarga sem fio que foge do convencional, por várias razões. Os pesquisadores explicam que os padrões atuais tendem a emitir muito mais radiação eletromagnética do que transmissões Wi-Fi ou redes móveis. Assim, estes sistemas acabam sendo utilizados em aplicações muito específicas, como recarga de equipamentos militares.
     Os carregadores via indução que já encontramos no mercado são bastante seguros, porém, exigem que carregador e smartphone fiquem muito próximos.
     Outra desvantagem é o uso de frequências baixas que tornam mais difícil a emissão de sinal de maneira direcionada – acaba havendo dispersão, ocasionando desperdício de energia à medida que a distância em relação ao receptor aumenta.
     Para superar estas limitações, a Microsoft Research aplicou no AutoCharge uma técnica que remete a sistemas de energia solar. A recarga é feita a partir de feixes de luz que, além de mais seguros, apontam diretamente para o dispositivo e podem trabalhar em distâncias de vários metros.
     Os testes foram bem sucedidos. Os pesquisadores afirmam inclusive que o tempo de recarga é equivalente ao oferecido pelos carregadores tradicionais. Com o aperfeiçoamento da tecnologia, este período poderá ficar mais curto.

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